quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mourinho acusado de «homofobia»


Treinador usou o termo «maricón» (em castelhano; paneleiro, em português) quando estava a ser filmado.

 Mourinho acusado de homofobia
José Mourinho foi acusado de comentários homofóbicos pela Federação Europeia de Gays e Lésbicas desportistas (FEGLD).
A acusação é sustentada em imagens captadas antes do encontro entre o Real Madrid e o CSKA Moscovo, para a Liga dos Campeões, em que Mourinho utiliza o termo «mariconços», com um tom alegadamente pejorativo, para se referir à equipa russa.
«E esses mariconços? Não nos dizem com que bolas vamos jogar?», disse Mourinho na tentativa de saber com que bola se ia disputar a partida.
Na sequência destas palavras, o vice-presidente da FEGLD pediu à UEFA para tomar medidas.
«A homofobia é inaceitável no futebol e ainda mais quando oriunda de uma grande figura deste desporto. Estamos profundamente decepcionados com o senhor Mourinho pelo uso de termos homofóbicos durante um jogo internacional», disse Louise Englefield.
Por outras palavras, o Mourinho não teria direito a pensar livremente.

Olivença e a «Guerra das Laranjas»


Com a devida vénia, dou divulgação ao testemunho do Dr. José Ribeiro e Castro, ex-presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia da República, no seu blogue «Avenida da Liberdade»:

A questão de Olivença é uma delicada pendência dormente nas relações luso-espanholas. É, não – era! Um alcaide «voluntarioso» do lado espanhol resolveu chutar o tema para as primeiras páginas dos jornais. E inevitavelmente para a primeira linha da política. Agora, procura dobrar a língua, mas o mal está feito e o seu gesto tem tudo menos de inocente.
Nos últimos anos, o ambiente melhorava: com apoio das autoridades regionais extremenhas, a autarquia de Olivença abrira-se à revelação das raízes portuguesas, recuperando e reafirmando traços identitários na toponímia histórica das ruas e em festivais anuais de matriz portuguesa. Simultaneamente, com algum pragmatismo, dos dois lados da fronteira, descobriam-se formas imaginosas de tornear dificuldades políticas, a fim de responder às necessidades das populações - por exemplo, no dossier de reabilitação de uma ponte de acesso à vila. Este desanuviamento revelava grande sentido prático e era um processo inteligente, que procurava andar para diante sem ferir o alto melindre político da questão. As autoridades locais e regionais espanholas pareciam interessadas em avivar a especial identidade de Olivença, até para a singularizar na região como pólo específico de procura turística, e circunscrevendo o processo a traços de identidade cultural, sem entrar obviamente pelo delicadíssimo - e potencialmente explosivo - plano político.
Estávamos nós postos neste sossego, quando o «enérgico» alcalde Bernardino Píriz aterra em Olivenza e resolve reabrir a Guerra de las Naranjas. Desde há semanas que éramos altertados para a provocação que congeminou. Até que o PS e autarcas locais do lado português - a meu ver, bem - resolveram agarrar no assunto. Além do disparate político monumental, a iniciativa do novo alcaide oliventino interrompe esforços positivos que os autarcas alentejanos vizinhos conhecem bem e estavam a acompanhar e apoiar.
«Festejar» a Guerra das Laranjas em Olivença é uma coisa de flagrante mau gosto. Seria um pouco como a Rainha Isabel II ir celebrar a Gibraltar o Jubileu de Diamante no próximo mês de Junho.
José Ribeiro e Castro

As 11 coisas que são notícia para um jornalista...


Brad Phillips

O leitor que já tentou chamar a atenção de um jornalista para uma notícia por via telefónica sabe quão difícil é essa tarefa.
Quando um jornalista diz «não», a pessoa que está a tentar convencê-lo do outro lado da linha costuma protestar: «Mas esta questão é importantíssima!» E é provável que seja.
Mas uma coisa é aquilo que o leitor considera importante e outra coisa muito diferente é aquilo que O jornalista acha que é notícia.
Por exemplo, hoje em dia há mais de 33 milhões de pessoas com o VIH em todo o mundo; esta questão é importante.
Aos olhos de um jornalista, contudo, essa questão tem hoje a mesma importância que terá amanhã – a não ser que hoje aconteça qualquer coisa que tenha a ver com o VIH.
Assim, se os médicos descobrirem uma nova vacina contra o vírus, ou se uma empresa farmacêutica oferecer medicamentos de graça a um milhão de doentes de VIH em África, a questão «importante» passa de repente a ser «notícia».
Um porta-voz tem de compreender o que é que os jornalistas consideram ser notícia. Para fazer passar uma questão, de «importante» a «notícia», basta muitas vezes apresentá-la de um ponto de vista inovador.
Pegue então no assunto que decidiu propor a um jornalista e veja se ele contém algum (ou alguns) dos seguintes ingredientes.
E, se ainda não começou a dar atenção a estes ingredientes, pois é altura de o fazer!
Eis as 11 coisas que, para um jornalista, são notícia
1. Situações de conflito: um jornalista é um contador de histórias, e qualquer história que se preze apresenta um conflito. Por exemplo, se a abordagem do leitor for discordante da abordagem de um concorrente seu, tem mais hipóteses de a sua história ser notícia do que se as duas abordagens forem concordantes.
2. O local: de uma maneira geral, as organizações noticiosas cobrem uma área geográfica específica. É mais provável o jornal de um país cobrir um acontecimento de menor importância que se passe nesse país do que um acontecimento de maior importância que se passe no país vizinho.
3. Acidentes: tudo o que corre mal – uma explosão industrial, um desastre de viação, um tiroteio numa escola – tem potencial de notícia.
4. Os extremos e os superlativos: os jornalistas adoram extremos e superlativos: o primeiro, o último, o melhor, o pior, o maior, o mais pequeno. Se há algum extremo ou superlativo na sua história, chame a atenção para esse facto, e é provável que ela venha a ser notícia.
5. A novidade: as novidades são notícia. Em geral, uma história tem de ser capaz de responder à pergunta: «E por quê agora?» Uma história que não responda a esta pergunta deixou de ser notícia e perdeu o interesse.
6. A oportunidade e a relevância: uma história oportuna, por exemplo acerca de um acontecimento iminente, é geralmente notícia; igualmente notícia são as histórias com relevância para a especialidade de cada organização noticiosa.
7. O escândalo: o deputado que guarda o dinheiro no frigorífico, o corretor que engana os clientes, o músico de sucesso que assassina a companheira são quase de certeza notícia.
8. David e Golias: em muitas histórias, há um «grandalhão» e um «pequenino»; dado que muitos meios de comunicação consideram que têm a missão de proteger os explorados, o pequenino é geralmente mais bem tratado que o grandalhão.
9. A incompetência: o gestor, o político ou a celebridade que só faz asneiras atrai quase sempre o olhar crítico da imprensa.
10. A surpresa: as histórias inesperadas são um isco irresistível para os jornalistas. Se o leitor fizer um estudo e descobrir que os fritos têm afinal enormes benefícios para a saúde, pode ter a certeza de que os meios de comunicação lhe darão imenso espaço.
Além disso, fará de mim um homem feliz.
11. A hipocrisia: guardei para o fim a minha preferida. Por exemplo, um político que se opõe aos direitos dos homossexuais e é apanhado com um amante; ou o presidente de um canil que é apanhado a maltratar os seus cães. Poucas histórias são mais deliciosas para um jornalista que as de pessoas com poder que fazem o contrário daquilo que apregoam; e estas histórias quase sempre ocupam os títulos noticiosos durante dias ou mesmo semanas a fio.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O Aborto é o cúmulo da violência doméstica

Fernando Castro, entrevistado no Diabo por João Filipe Pereira

«Barrigas de aluguer só interessam à esquerda caviar» 


Em Portugal há 5 mil famílias com três ou mais filhos registadas na Associação Portuguesa de Famílias Numerosas. Fernando Ribeiro e Castro é o seu presidente. Em entrevista a O DIABO, o homem que defende os interesses das famílias grandes é fulminante no ataque que faz à «Esquerda caviar», às políticas do Governo e aos «totós» do CDS, PSD e PS.




Ler mais em:
http://uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.com/2012/02/o-aborto-e-o-cumulo-da-violencia.html

O Governo deve ouvir o Cardeal: mãe há só uma


Manuel Tavares, Director do JN







O novo cardeal português foi ao fundo da questão europeia: a relação da mãe com a família e o trabalho. Para alguns será muito fácil colocar as etiquetas de conservador ou mesmo de reaccionário a D. Manuel Monteiro de Castro por, na entrevista que concedeu ao JN, ter dito sem papas na língua o seguinte:
«O trabalho da mulher a tempo completo creio que não é útil ao País. Trabalhar em casa, sim, mas que tenham de trabalhar pela manhã até à noite creio que para um país é negativo. A melhor formadora é a mãe, e se a mãe não tem tempo para respirar, como vai ter tempo para formar?».
 E, no entanto, vejamos...
 Ainda não há no mundo sítio com melhores condições de vida que o nosso velho continente: o modelo social europeu permanece imbatível. Mas está claramente ameaçado. E se um optimista como eu pode sempre acreditar que haveremos de superar a ameaça resultante da crise financeira, outra tanta dose de fé não chegará para eliminar a ameaça demográfica.
Ou seja: mesmo que a Europa resolva os seus problemas de competição no quadro do comércio mundial e o faça salvaguardando os salários pela redistribuição da riqueza, vai ser preciso que, para além das religiões, das ideologias e das práticas sociais, o cidadão renuncie ao conforto da responsabilidade mínima. A sua própria por natureza e a da eventual alma gémea com quem decida partilhar a aventura da vida comunitária.
Com a taxa de natalidade em queda vertiginosa em Portugal e na Europa não podemos esperar que o nosso modelo social sobreviva. Perceber que esta é a questão essencial, muito mais importante que as circunstâncias da crise, é o passo indispensável para termos uma atitude diferente em relação ao núcleo da nossa organização social: a família.
Salvar este nosso modelo de vida, com todas as heterodoxias que ele permite, significará sempre revalorizar a natalidade. E a primeira consequência desta revalorização será a de dar condições para que os pais que assim o pretendam possam ter mais filhos.
Este ponto é tão mais sério e tão mais decisivo para as gerações que as sérias dívidas soberanas, e seria imperdoável que falhássemos. Porque só depende de nós e do que possamos pensar para além do puro prazer de ter um único filho. Ou nenhum.
Acontece que do plano da cidadania para o da prática social, por mais cardeais que nos alertem, terão de ser os políticos a garantir-nos a sobrevivência do nosso modelo social europeu.
No que me toca, atrevo-me a dar-lhes um conselho: antes de pensarem em novas leis laborais, perguntem às mães que não podem fugir a despejar os filhos de seis meses em infantários

Olivença, território anexado por Espanha


Luciano Alvarez

PS reabre polémica de Olivença por causa da Guerra das Laranjas
O alcaide de Olivença resolveu festejar da anexação do território há 211 anos. O PS não gostou e tenta impedir a festa. A polémica está aberta entre autarquias dos dois países.
Em 1801 Espanha anexou Olivença ao seu território, retirando aquelas terras a Portugal. Por esses anos a polémica foi muita. Embora a questão nunca tenha sido resolvida, a contenda esfumou-se com o passar do tempo. Agora, o PS volta a trazer a polémica à tona da água.
A culpa, dizem seis deputados socialistas, alguns deles ilustres, é do novo alcaide de Olivença (presidente da autarquia local), Bernardino Píris (Partido Popular), que resolveu comemorar a Guerra das Laranjas de 1801, facto que recorda a batalha que levou à anexação nunca reconhecida internacionalmente, nem resolvida entre Portugal e Espanha.
Por isso, os deputados socialistas Maria de Belém Roseira, Alberto Martins, Basílio Horta, Paulo Pisco, Laurentino Dias e Gabriela Canavilhas pediram ao Governo português que impeça o que chamam de mega produção.
A questão de Olivença é delicada «e tem-se revestido de cuidados especiais, de forma a evitar ferir susceptibilidades históricas e nacionais», diz a nota que os deputados do PS enviaram a Paulo Portas, Ministro dos Negócios Estrangeiros, para que a festa não seja realizada.
«Acontece, no entanto, que após as últimas eleições autárquicas em Espanha, realizadas em Maio de 2011, o Ayuntamento de Olivença passou a ser dirigido pelo Partido Popular, tendo o novo executivo decidido realizar em Junho próximo uma megaprodução que consiste na reconstituição da Guerra das Laranjas, facto histórico que ocorreu em 1801, e que assinala a anexação de Olivença por parte de Espanha», salienta a nota.
Este facto, acrescentou o deputado Paulo Pisco, «chega a parecer esquizofrénico», porque o que o alcaide está a fazer «é celebrar a derrota dos oliventinos» que foram anexados pelos espanhóis.
Para Pisco trata-se de «sensibilizar por meios diplomáticos» para que a festa não se realize, de forma a não «ferir susceptibilidades» nos dois lados da fronteira. Assim, perguntam a Paulo Portas se «tem conhecimento» destes planos e se considera ou não esta celebração «inadequada, dado que Portugal não reconhece a soberania de Espanha sobre Olivença». Perguntam ainda se pondera «intervir, pelo menos diplomaticamente, para que tal reconstituição não se produza».
«Potencial ofensivo»
«Trata-se de celebrar ao longo de 18 dias a derrota da população oliventina, sacrificando questões de identidade histórica a objectivos de natureza turística. Nunca uma evocação deste facto histórico tinha sido feita, precisamente para evitar ferir susceptibilidades. O assunto tem sido muito polémico e tem suscitado muitas críticas de vários sectores dos dois lados da fronteira, precisamente pelo potencial ofensivo e de hostilidade que comporta relativamente a uma situação clara à luz do Direito Internacional, mas 'de facto' que ainda não está resolvida», diz ainda o longo texto socialista.
Recordam mesmo um artigo de opinião escrito pelo antigo alcaide de Olivença no jornal Hoy em que este afirma: “A comemoração teatral da Guerra das Laranjas é uma ofensa gratuita que, tendo elevados custos sem trazer nada, cria um problema onde não existia”.
Paulo Pisco recusa a ideia de que o PS esteja a reabrir uma polémica do tipo «Olivença é nossa»: N«ão tem a ver com isso. Apenas pedimos que se respeite a sensibilidade histórica de um assunto que não está resolvido.»
«Feira luso-espanhola»
A polémica que agora chega a Portugal já dura há quase três meses na região espanhola, especialmente nas páginas do jornal local espanhol Hoy.